No dia 23 de setembro, foi sancionada, pelo presidente da
República em exercício, José de Alencar,
a Lei 11.784/2008 (antiga MP 431/08) que reestrutura carreiras
e remunerações de cerca de 780 mil servidores
públicos civis, dentre eles os docentes das IFEs. Em
relação à carreira docente, bem como
a outras carreiras citadas nessa lei, ela modifica a antiga
denominação, a composição do salário,
o valor das gratificações por titulação,
o tempo necessário para progressão funcional,
por exemplo.
Um dos aspectos negativos dessa reestruturação
é que o estabelecimento dos valores relativos a regimes
de trabalho, às gratificações por titulação,
ao vencimento básico, para citar apenas alguns, são
inteiramente aleatórios. Isso significa dizer que o
regime de 40 horas não mais corresponde ao dobro do
regime de 20, que ao regime de DE não mais são
acrescidos 55% em relação ao regime de 40; que
não foi informado como se chegou a esses e aos diferentes
valores das RTs. Além disso, a progressão funcional,
a partir de Classe DIV (antiga Classe Especial), está
vedada ao docente que não tem Mestrado e/ou Doutorado.
Por isso, a garantia de afastamento para estudo é uma
das propostas apresentadas à Direção
Geral e meta da ADCPII. Por fim, também os aumentos,
na maioria das vezes irrisórios, só estão
garantidos conforme também indicam as novas
tabelas , até 2010. Certamente, algumas ações
se farão necessárias no sentido de reverter
esse quadro.
Essa nova Lei sofreu dois vetos presidenciais: um ao art.
14 que assegurava o step constante na Carreira dos Trabalhadores
Técnico-Administrativos em Educação das
Instituições Federais de Ensino; e outro ao
art. 175 que alterava os efeitos financeiros das gratificações
do servidor, gerados pelos resultados da primeira avaliação
de desempenho. Acesse
e conheça, na íntegra, a Lei 11.784/2008
e a mensagem de veto. A FASUBRA, Sindicato dos Trabalhadores
Técnico-Administrativos em Educação das
Instituições Federais de Ensino, reagiu ao veto
e já tomou uma série de iniciativas no sentido
de tentar revertê-lo. Veja
a carta encaminhada pela FASUBRA ao Presidente da República
sobre essa questão.
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