Alijados da discussão da macropolítica do Colégio Pedro II, os professores de nossa escola - desta vez o Departamento do Primeiro Segmento do Ensino Fundamental - são surpreendidos com a publicação do Edital n°15 de 09 de novembro de 2011, publicado no DOU de 14 de novembro 2011 - Seção 3, que prevê processo seletivo para professores substitutos para a Educação Infantil. Responsáveis diretos pelo ensino de qualidade aqui ministrado, os professores desse Departamento veem a instalação de mais essa modalidade de ensino ocorrer, sem que a Direção Geral da escola lhes tenha informado ou lhes tenha dado a oportunidade de discutirem, de forma consistente, esse novo projeto.
Preocupados com uma expansão que poderá representar a precarização do trabalho que realizam, esses professores encaminharam à Sra. Diretora Geral do Colégio Pedro II Carta abaixo-assinada pelos servidores que trabalham nas Unidades I sobre a situação do Departamento do Primeiro Segmento e da Educação Infantil no CPII.
A ADCPII lamenta que, mais uma vez, a Direção Geral desrespeite os profissionais desta escola com uma política institucional de tomada unilateral de decisões que contraria o discurso de que o diálogo seja prática dessa Direção.

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Encontro Nacional, promovido pelo ANDES-SN e realizado em Brasília, nos dias 19 e 20 de novembro, discutiu questões importantes de interesse dos trabalhadores. Destacamos uma delas, apresentada pelo Prof. Sadi Dal Rosso, professor de Sociologia da Universidade de Brasília, pesquisador e estudioso de assuntos relativos ao trabalho, por entendermos que ela descreve bem a situação atualmente vivida pelos professores no CPII.
Hoje, em nosso Colégio, ao invés de serem chamados para participarem, com os gestores da escola, de discussões ou de outros fóruns em que se poderia pensar e avaliar mais e melhor as questões da escola, esses professores são convocados a preencherem infindáveis e discutíveis questionários e a darem conta de infinitas tarefas burocráticas relativas a sua atividade pedagógica. Em sua exposição, o Prof. Dal Rosso mostrou que o horário formal da jornada tem se mantido. No entanto, com a intensificação do trabalho, amplia-se a exploração sobre os trabalhadores. Ou seja, o professor tem de executar mais tarefas, dentro de uma mesma carga horária, o que faz com que lhe reste muito menos tempo para pensar, criar, desenvolver seu trabalho pedagógico, individualmente ou com sua equipe.
A ADCPII, portanto, apoia os professores que optaram por não preencher tais questionários, como forma de repudiar a condução das discussões que, neste momento, envolvem, por exemplo, a reelaboração do Projeto Político Pedagógico do CPII.

(Clique aqui para saber mais sobre o que foi apresentado no Encontro promovido pelo Andes-SN)

O Projeto de Lei 1992/07, que dispõe sobre a Previdência Complementar do servidor público, tem sido duramente criticado por representar perdas significativas para esses trabalhadores. Diversos deputados federais e representantes de sindicatos dos servidores têm se empenhado em denunciar as graves falhas desse projeto, comprovando com dados e documentos como é falaciosa a análise apresentada pelo governo federal para justificar sua implementação.
Acesse também o site da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) para conhecer o documento com críticas e questionamentos desta entidade sobre o Projeto de Previdência Complementar do servidor público (http://www.anfip.org.br/publicacoes/livros/includes/livros/arqs-pdfs/Previdencia_complementar_do_Servidor.pdf).

(Clique aqui para conhecer outras análises sobre a questão)
(Clique aqui para ver o Manifesto pela rejeição do PL)
(Clique aqui para ler sobre participantes de audiências condenam nova previdência)
(Clique aqui para ler sobre as divergências que marcam a comissão geral)

A ADCPII compareceu à solenidade de comemoração do 174° aniversário do Colégio Pedro II por entender que esta é uma escola que merece todas as homenagens. Esta extraordinária instituição de ensino tem se comprometido não só em garantir a seus alunos um ensino de qualidade, como também tem, ao longo desses muitos e muitos anos de vida, formado cidadãos que, com certeza, têm feito e continuarão a fazer deste um mundo melhor.
Em seu discurso, a Sra. Diretora Geral elogiou o trabalho de seus colaboradores diretos; de gestores que a antecederam; elogiou, merecidamente, o Pelotão da Bandeira, o Coral de Alunos da UE Realengo, os alunos que se destacaram, com maestria, em atividades diversas e de quem sempre nos orgulhamos; elogiou e destacou a importância de projetos como o Educação Infantil, o PL 2134/2011, o Programa de Residência Docente, PRONATEC e o projeto INES/IBC/CPII. Destacou também o trabalho de recuperação e construção da UE Realengo. Também mencionou a cessão, pela prefeitura, de um terreno para a construção da nova UE Caxias, o que garantirá que seus alunos possam ser atendidos com as condições que merecem lhes sejam dadas. Por fim, elogiou também ex-alunos que se tornaram figuras de destaque na sociedade brasileira.
No entanto, alguns fatos não foram mencionados: o processo de implementação da Educação Infantil, levado a cabo sem qualquer discussão com os professores do Departamento do Primeiro Segmento, bem como as inúmeras preocupações e considerações desses professores que, até agora, continuam sem resposta; a inclusão do CPII no PRONATEC, programa de governo que poderá facilitar a transferência de recursos públicos para e em benefício da iniciativa privada; a grave ameaça que o PL 2134/2011 representa para o CPII quando inclui, sem maior cuidado e detalhamento de seu perfil, esta instituição de ensino em uma lei que regulamenta as escolas técnicas; a precarização do trabalho realizado no Colégio com a expansão, sem planejamento e sem recursos humanos, realizada à época e denunciada, desde seu início, pela ADCPII. Em relação ao Programa de Residência Docente, não foi mencionado que também esse projeto não foi construído coletivamente e que, tal como está formulado, poderá não atingir os objetivos que se propõe alcançar. Também não foi mencionado por que foi aceito o desafio de implementar uma denominada educação inclusiva, com a matrícula, em uma escola regular (no caso o CPII), de alunos do INES, sem discutir esse projeto com os servidores de nosso Colégio. Foi esquecido que alunos com necessidades especiais têm direito a uma educação de qualidade para a qual, nós professores do CPII, não fomos preparados a oferecer. Foi desconsiderado ainda que os docentes do INES e do IBC, que têm a competência inquestionável para realizar esse trabalho, terão sua atividade completamente desvirtuada.
Também não se explica um fato muito importante: por que não foi dedicada uma palavra sequer de incentivo, agradecimento, elogio e estímulo aos professores e técnicos administrativos desta escola que não abriram mão do trabalho que se comprometeram realizar - em sala de aula ou com alunos - e que são diretamente responsáveis pela decantada qualidade do ensino aqui ministrado? São esses mesmos servidores os responsáveis pela formação dos ex-alunos que se tornaram diplomatas, intelectuais, presidentes, cidadãos de bem, figuras de destaque nas áreas social, econômica, política desse país, dentre tantos outros. Esses são sempre lembrados nos discursos dos gestores dessa escola. Seus professores, não.
Portanto, só não foram lembrados os verdadeiros artífices desta escola de qualidade. Assim, a Associação de Docentes do Colégio Pedro II rende a esses heróis esquecidos sua homenagem pela coragem, disposição, compromisso com que sempre se empenham na transformação de nossos alunos em parceiros na construção de uma sociedade melhor para todos. Não sabem o que perdem os que abriram mão de ser educadores.

(Clique aqui para ler a carta Aberta do Departamento de Filosofia)
(Clique aqui para ler sobre a noticia do Pronatec)

Visando garantir os direitos das pessoas portadoras de deficiência, a ADCPII encaminhou à Direção Geral do Colégio Pedro II ofício reiterando a necessidade de se resguardar o que disposto na Lei 10.098/2000 e no Decreto 5.296/2004.

(Clique aqui para conhecer esta legislação e o ofício encaminhado pela Associação de Docentes)