visite o site http://www.adcpii.com.br
 
Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2011
 
MOÇÃO DE APOIO
S.O.S INES, IBC E CPII

A ADCPII, mais uma vez, se solidariza com o INES e o IBC diante da mais recente investida do MEC no que se refere à possibilidade de fechamento dessas instituições de Educação Especial. Mais uma vez, o que se vê é o total descaso e desrespeito do governo federal com alunos, pais/responsáveis e servidores dessas instituições.
Ainda que a educação inclusiva possa representar uma experiência importante na formação de alunos com necessidades especiais, ela não pode ser feita a qualquer custo. Que concepção de inclusão embasa a investida do MEC no momento? Parece ser a de que basta, simplesmente, transferir um aluno de uma instituição de Educação Especial e matriculá-lo no CPII, garantindo-lhe - por enquanto, é tudo que se pode garantir - uma carteira e uma cadeira. Embora a Nota Técnica do MEC/SECADI/DPEE, datada de 22 de agosto de 2011, informe que este Colégio ficará incumbido de esclarecer a comunidade sobre a reorganização dos institutos, de elaborar plano para a oferta de vagas aos estudantes com surdez no ensino regular em suas unidades e de garantir a educação bilíngue nos espaços comuns de aprendizagem, NENHUMA INFORMAÇÃO OU PLANO FOI, ATÉ AGORA, APRESENTADO, PELA DIREÇÃO GERAL, E DISCUTIDO COM A COMUNIDADE DO CPII. Com que recursos esses servidores trabalharão se já são escassos ou precários os que hoje lhes são disponibilizados para seu trabalho com alunos em turmas de ensino regular? Quanto tempo será necessário para preparar os servidores do CPII para que possamos receber e atender esses alunos com a dignidade que merecem?
Portanto, é lastimável a política educacional que desterra os alunos de instituições de ensino como o INES e o IBC. Como esse processo está sendo planejado? Que etapas deverão ser cumpridas para que se possa, de fato, garantir a educação de qualidade a que os alunos com necessidades especiais têm direito e que lhes tem sido garantida, há muito, por instituições de responsabilidade e competência como o INES e o IBC?
Não vamos nos esquecer também dos professores e servidores dessas instituições de Educação Especial que se formaram, não apenas para produzir material didático complementar e dar curso de formação continuada para quem trabalha com alunos com necessidades especiais. Eles estão ali porque escolheram mudar a vida desses alunos e promover sua verdadeira inclusão neste mundo. Eles, sim, dão voz a essas crianças. Talvez seja isto que este país pretenda calar.
Portanto, mais uma vez, são lastimáveis a incompetência, o desrespeito e a insensibilidade com que autoridades institucionais e governamentais tratam mais esta questão educacional. É inaceitável mais esta tentativa de destruição do patrimônio educacional neste país!
Rio, dezembro 2011

(Informamos que a ADCPII abaixo-assinou a Nota de Apoio à Escola Bilíngue para Surdos.
Clique aqui para ler o Requerimento de Informações ao MEC)

 
MOÇÃO DE APOIO
QUEM SÃO OS VERDADEIROS CRIMINOSOS?

Acusada de crimes ambientais pelo Ministério Público, a Thyssenkrupp CSA - Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), funcionando desde o segundo semestre de 2010, em Santa Cruz, está processando dois pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Hermano de Castro e Alexandre Dias Pessoa, e a bióloga da UERJ, Monica Lima, por danos morais em decorrência de terem apresentado, como parte do trabalho que exercem como pesquisadores, relatório que denuncia os danos causados pela CSA na área em que está instalada. Proibida, por razões óbvias, de funcionar na Alemanha, a TKCSA foi autorizada pelo governador Sérgio Cabral a construir um segundo forno nesta siderúrgica - o que demonstra a conivência do governo estadual com essa empresa que parece ter encontrado aqui o seu porto seguro.
Que país é esse em que um relatório, baseado em dados comprovados cientificamente, indica que a CSA despeja ferro gusa em poços ao ar livre, é responsável pelo aumento de 100% na concentração de ferro no ar, provoca graves crises e problemas respiratórios nos habitantes da área e são os pesquisadores, no exercício de seu trabalho, os que são processados!?
Até quando interesses pessoais e de grandes empresas continuarão a ser garantidos em detrimento da saúde e até mesmo da vida da população brasileira? Até quando pesquisadores respeitados pela própria instituição em que trabalham continuarão a ser ameaçados por processos absurdos e pela ganância e irresponsabilidade dessa empresa?
Portanto, é urgente que as autoridades exerçam seu papel em defesa da população que deveriam representar e que os processos movidos contra esses pesquisadores sejam imediatamente arquivados. Afinal, não são eles os verdadeiros criminosos!

Rio, dezembro de 2011!

(Divulgue e assine a Moção em apoio a este movimento e aos pesquisadores da Fiocruz e da UERJ.
Endereços eletrônicos nos anexos.
Pare TKCSA
De Alexandre Pessoa
Folder Moção TKCSA
Moção ASDUERJ

 
NOTA CONTRA ARBITRARIEDADES NA USP
2011: O ANO EM QUE A DITADURA AINDA NÃO ACABOU

A ADCPII repudia, veementemente, a violenta incursão policial realizada na Universidade de São Paulo, no início de novembro deste ano. Alardeada pela mídia como tendo sido resultado do uso de drogas no campus dessa universidade, o fato é que sua verdadeira origem é a incapacidade dos dirigentes da USP de admitirem e de administrarem conflitos e de garantirem a efetiva participação da comunidade acadêmica nas decisões fundamentais da instituição.
Assim, na USP, lamentavelmente, a ditadura, parece, não terminou: não há eleições representativas para Reitor e os alunos continuam sujeitos a um regimento anacrônico datado de 1972. Por sua vez, o atual Reitor, como os algozes da ditadura militar, abre processos administrativos contra estudantes e funcionários; permite que se façam revistas, nos corredores da universidade, de alunos e funcionários e intimida, com violência, os participantes de manifestações. Como educadores que somos, entendemos que problemas em uma instituição de ensino precisam, necessariamente, ser resolvidos com políticas educacionais e não com cassetetes, gás lacrimogêneo e violência. Manifestação de estudante não é caso de polícia, nem o campus de uma instituição de ensino lugar do exercício da força policial.
A ADCPII reafirma, assim, que a livre manifestação de alunos e servidores é assegurada pela Constituição Federal e direito do qual não se pode abrir mão. Reafirma, ainda, que o papel da policia é o de assegurar a integridade física dos cidadãos quando no exercício de seu direito inalienável de lutar pelo que entendem justo e necessário e que ela não pode agir como se representasse uma ameaça a esses mesmos indivíduos.
Sabemos que educar é um trabalho longo, muitas vezes difícil, mas paradoxalmente, extremamente recompensador. Mas ele precisa ser, obrigatoriamente, exercido via diálogo, paciência, respeito. Como educadores que somos, não pode ser outro o nosso papel. REPRESSÃO não rima com EDUCAÇÃO e, definitivamente, violência jamais será SOLUÇÃO.
Rio, dezembro 2011

(Clique aqui para conhecer outra manifestação de apoio)

 

ADCP II
Associação de Docentes do Colégio Pedro II
Campo de São Cristóvão, 117 - Unidade São Cristóvão
setor 2, 2º andar Rio de Janeiro - RJ - CEP 20921-440
Telefones: (21) 2580-0783 / 3860-1194
secretaria@adcpii.com.br

Para cancelar o recebimento do Boletim ADCP II
visite http://www.adcpii.com.br/adm/boletim_off.php