Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2013 |
Representar não é receber do representado um papel em branco assinado | |
Temos certeza que a consolidação de uma gestão democrática é tarefa árdua, sobretudo em contextos com forte tradição centralizadora e alicerçados na concepção de que só a alguns é dada a capacidade de definir o que é melhor para todos. Não há, dentre nós, arriscamo-nos nessa afirmativa, alguém que assuma algo diferente da tão desejada democracia, mas mesmo que tenhamos acordo em relação a isso, cabe a pergunta: como estamos significando democracia? Para muitos a significação
passa pela adoção de dois princípios que, uma vez
postos em prática, por si só atestariam o caráter
democrático de uma dada gestão. O primeiro desses princípios
é a realização de eleições para
que, através do voto,a maioria indique aqueles que ocuparão
os cargos na estrutura administrativa que se pretende democrática.
Nessa perspectiva, não são raros, no CPII, os discursos
que nos tentam convencer do caráter democrático da gestão,
valendo-se desse princípio. Queremos colocar em discussão esses princípios, não para abandoná-los, pois isso tornaria nossas ações passadas e atuais incoerentes - afinal foram conquistas obtidas com lutas árduas ao longo de nossa trajetória como associação. Queremos refletir sobre uma nova forma de pensar e responder à pergunta que norteia este texto: como estamos significando democracia? Nesse sentido, defendemos que a consolidação do processo democrático não se esgota nas eleições para Reitor, Diretores Gerais, Chefes de Departamento, Coordenadores, em uma referência direta à estrutura pedagógico-administrativa do CPII. Entendemos, por exemplo, que a prática indiscriminada de atos normativos que substituem, mesmo que de forma provisória, as atuações das esferas deliberativas, precisam ser evitadas a fim de que a consolidação do que nos é tão caro se efetive. Ainda nessa perspectiva,
defendemos que a representação não pode ser exercida
como se, pelo fato de terem sido eleitos pela maioria, aos ocupantes dos
cargos - legítimos, reconhecemos - fosse entregue uma folha em
branco assinada pelos representados, conferindo aos representantes, de
forma naturalizada, o direito de decidir em nome dos primeiros. Na nossa
tentativa de significar gestão democrática, essa é
uma concepção que não cabe.
Essas são as reivindicações que a Diretoria da ADCPII encaminhou a todos os membros do CONSUP, movida pelo desejo, mais uma vez ratificado, de que a alteração do Estatuto consolide o processo de democratização através da adoção de novas práticas de participação e debate. | |
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Você tem certeza que não quer estar conosco na festa de final de ano? Se mudar de ideia ainda dá tempo. Veja a seguir. Você lembra a discussão que estamos propondo sobre o Reconhecimento de Saberes e Competências? Pois é. Não se esqueça de colocar na agenda a data e local da próxima reunião do GT que está se debruçando sobre esse tema.
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